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Emprego

Líderes executivos do PSI ganham 35 vezes mais do que os trabalhadores

Jerónimo Martins continua a liderar disparidade entre o salário médio dos trabalhadores e a remuneração do líder

Pedro Soares dos Santos, CEO da Jerónimo Martins, auferiu em 2023 uma remuneração total de €4,9 milhões
Tiago Miranda

Há um alívio ténue face a 2022, mas o fosso salarial entre as remunerações dos presidentes executivos (CEO) das empresas que integram o PSI, índice de referência da Bolsa nacional, e as dos seus trabalhadores continua elevado. Os dados recolhidos pelo Expresso a partir dos relatórios e contas de 15 das 16 empresas cotadas — não foi considerada a EDP Renováveis, já que o CEO (Miguel Stilwell de Andrade) é remunerado através da EDP — mostram que, em média, os CEO do PSI ganham 35 vezes mais do que a média dos seus trabalhadores. No ano passado o fosso era superior: 36 vezes mais. Pese embora o desagravamento da disparidade, mantêm-se casos, como o da Jerónimo Martins, em que continua a ser preciso juntar o salário médio de 232 trabalhadores para alcançar a remuneração do líder, Pedro Soares dos Santos.