O secretário de Estado do Turismo, Comércio e Serviços, Nuno Fazenda, realçou no congresso da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT), que decorre no Porto, que “vamos ter o melhor ano de sempre na história do turismo”.
“Já temos mais de 37% das receitas turísticas face a 2019”, destacou Nuno Fazenda, lembrando que a sua primeira intervenção pública como secretário de Estado foi há um ano, no congresso da APAVT nos Açores, em que a “palavra que reinava era incerteza, quanto ao futuro da economia, e do turismo”.
“Agora que está a terminar 2023, essa incerteza transformou-se em certeza”, resumiu Nuno Fazenda.
“O turismo nos últimos 10 anos cresceu sempre a dois dígitos (com exceção dos anos de pandemia. Temos de crescer também em salários”, para as diversas funções como “o chefe de cozinha ou o auxiliar de mesa”, defendeu Nuno Fazenda. “Hoje os salários são 30% abaixo da média da economia”, apesar de “os grupos terem aumentado acima do que este ano constava do acordo de rendimentos”, salientou.
Em jeito de balanço deste ano em funções, o secretário de Estado do Turismo recordou que no final do ano passado anunciou apoios ao sector, “e em três semanas pagámos mais de 70 milhões de euros a mais de 25 mil empresas”.
“Temos hoje mais interior nas políticas de turismo”, e "elaborámos uma agenda para o turismo no interior percorrendo o território de norte a sul", notou frisou Nuno Fazenda, destacando ainda que “reforçámos os recursos para promoção turística em 25 milhões de euros", o que “é justo, porque temos de dar espaço às regiões de turismo, as prioridades do Algarve não são as mesmas que as do norte”.
“Portugal tem crescido no turismo, e quer continuar a crescer, mas bem, com sustentabilidade, com autenticidade, com genuinidade”, defendeu.
A este propósito, o secretário de Estado do Turismo evocou o tema da Inteligência Artificial, que dá o mote ao congresso da APAVT, reconhecendo ser uma ferramenta que vai impactar fortemente no sector.
“O turismo é real, e não artificial”, sublinhou Nuno Fazenda, afirmando estar certo que o sector encontrará no futuro soluções de “inteligência coletiva, não artificial, e continuará a ser autêntico e genuino”.
Sobre o curto espaço de tempo esperado para manter as suas funções como secretário de Estado do Turismo, num Governo de momento demissionário, Nuno Fazenda deixou a promessa que “cá continuarei a dar o meu contributo a puxar pelo turismo nacional e das regiões”.