Ricardo Martinho, presidente da IBM Portugal, confirma que a marca está recetiva a nova regulação que atribua responsabilidades sobre o que a Inteligência Artificial (IA) vai produzindo. “Os agentes de inteligência artificial têm de ser responsáveis por aquilo que criam”, assumiu esta terça-feira o gestor da histórica marca da informática num encontro com jornalistas em Lisboa.
As declarações de Ricardo Martinho surgiram durante uma ação de divulgação da plataforma WatsonX, com que a IBM pretende recuperar o lugar destaque que teve entre os anos 90 e as duas primeiras décadas deste milénio na IA, com sistemas que tanto ganharam partidas de xadrez ao campeão mundial Garry Kasparov, como viriam mais tarde a ganhar o concurso de cultura geral Jeopardy, na TV.
Com a WatsonX, a IBM disponibiliza uma plataforma que corre modelos de IA generativa que podem ser usados no dia-a-dia de uma empresa para ajudar trabalhadores a produzirem textos, imagens, ou cálculos e extração de informação de bases de dados. É com esta plataforma que a IBM pretende dar resposta a um mercado que já segue contornos diferentes, e que tem na OpenAI, Google ou Microsoft os nomes que concentram mais atenções.
No Parque das Nações, na sede da delegação portuguesa, ninguém dá o “comboio” da IA por perdido. E a prova disso mesmo vem das palavras de Ricardo Martinho, ao tentar diferenciar-se da concorrência.