O presidente-executivo da Nvidia, Jensen Huang, anunciou, numa conferência na Califórnia, uma nova geração de semicondutores, os Blackwell, mais rápidos para suportar os modelos que sustentam a inteligência artificial (IA), reforçando assim a sua posição neste mercado, escreve a “Bloomberg”.
Os chips Blackwell, compostos por 208 mil milhões de transístores, serão a base de novos computadores e outros produtos implantados pelas maiores operadoras de centros de dados do mundo – uma lista que inclui Amazon, Microsoft e Alphabet (dona do Google).
Os produtos da Google e Oracle baseados em Blackwell estarão disponíveis ainda este ano, disse a Nvidia.
O chip terá uma capacidade aprimorada de conexão com outros semicondutores e uma nova maneira de processar dados relacionados à IA que acelera o processo. Faz parte da próxima versão da linha de “superchips” da empresa.
O antecessor deste semicondutor, Hopper, impulsionou as vendas na Nvidia ao desenvolver o campo de chips aceleradores de IA. O principal produto dessa linha, o H100, tornou-se uma das commodities mais valorizadas no mundo da tecnologia – valendo dezenas de milhares de dólares por chip.
O crescimento também fez disparar a avaliação da Nvidia. É a primeira fabricante de chips a ter uma capitalização de mercado de mais de 2 biliões de dólares e fica atrás apenas da Microsoft e da Apple, lembra a agência.
Jensen Huang, cofundador da Nvidia, disse que a IA é a força motriz de uma mudança fundamental na economia e que estes semicondutores são “o motor para impulsionar esta nova revolução industrial”.