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Xiaomi: o novo gigante chinês dos telemóveis quer chegar ao topo do mundo com um carro elétrico

Com o lançamento da Série 14, a Xiaomi aposta forte nos topos de gama. Para complementar a viragem estratégica, a marca chinesa deu ainda a conhecer um carro elétrico e um novo diretor executivo. O futuro faz-se agora entre a ambição de ser uma nova Apple e o receio de repetir o sucedido com a Huawei

Com a série 14, Xiaomi aponta baterias ao segmento mais endinheirado dos telemóveis. Será que a marca chinesa tem arcaboiço para competir com Apple e Samsung?
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Daniel Dejarlais, responsável pelas comunicações do Xiaomi já sabia que era o chefe de cerimónias e chamou a si a palavra – e a palavra era “lendário”. E depois dele, outros representantes da marca chinesa repetiram a palavra a cada meia dúzia de frases sobre o palco do Centro Internacional de Convenções de Barcelona em jeito de antecipação das novidades iriam ser apresentadas no Mobile World Congress (MWC), que arrancou na segunda-feira e termina na quinta-feira, nos arredores da cidade catalã.

O smartphone 14 Ultra que permitiu que, pela primeira vez, estreasse o mais poderoso telemóvel do seu portefolio nos mercados ocidentais logo foi classificado de “lendário” e o mesmo aconteceu com o sistema operativo HyperOS, os relógios inteligentes Watch 2 ou o tablet Pad 6S Pro. O fundador Lei Jun não foi apelidado de “lendário” porque não apareceu e cedeu, recentemente, o lugar de diretor executivo a William Lu, para poder dedicar-se em exclusivo ao desenvolvimento do carro elétrico SU7.

A Xiaomi que arrancou há 14 anos como marca barata que só vendia na Internet parece uma lenda, mas o “lendário” 14 Ultra já tem um preço de €1499. E nem Apple nem Samsung se podem dar ao luxo de relaxar no topo mundial.