A Alphabet, dona da Google, anunciou esta quinta-feira, 11 de janeiro, o despedimento de centenas de trabalhadores, de acordo com a Associated Press. Esta decisão enquadra-se no seu plano estratégico, anunciado no ano passado, que implica redução do seu quadro de pessoal. Em janeiro de 2023, anunciou a redução de 6% do número de profissionais: cerca de 12 mil trabalhadores, ao todo, foram dispensados.
A área mais afetada será a de equipamentos de realidade aumentada. Os despedimentos terão também impacto nos segmentos de assistência de voz, equipamentos físicos, e engenharia, segundo a agência noticiosa.
A Google justifica os despedimentos com a necessidade de “investir de forma responsável nas maiores prioridades da empresa e nas oportunidades relevantes que temos à nossa frente. (…) Algumas equipas irão continuar a fazer este tipo de mudanças organizacionais, o que inclui a eliminação de postos de trabalho a nível global”, disse a tecnológica norte-americana em comunicado.
O foco da Google está, neste momento, na área da inteligência artificial generativa, modelos que produzem conteúdos consoante os critérios dados pelos utilizadores. A OpenAI abriu as comportas desta área com o lançamento do ChatGPT, forçando as grandes participantes do setor tecnológico a recuperar o tempo perdido. A resposta da Google para esta área é, por ora, a plataforma Bard.
Os despedimentos ocorrem numa época em que as grandes tecnológicas estão a diminuir os seus quadros de pessoal. Até outubro do ano passado, a Amazon despediu mais de 23 mil trabalhadores; ao passo que a plataforma de streaming Twitch dispensou 500. O Spotify anunciou em dezembro o despedimento de 1500 trabalhadores; e a Meta, dona das redes Facebook e Instagram, dispensou mais de 10 mil trabalhadores no início de 2023.
Outras grandes empresas inauguraram o ano a anunciar despedimentos. É o caso da Twitch, Blackrock e SwissPost, onde serão despedidas mais de 1200 pessoas.