Imobiliário

Rendas descem em Lisboa, mas continuam entre as mais caras da Europa

Segundo um estudo da HousingAnywhere, em Lisboa arrendar um apartamento ficou 21,1% mais barato no primeiro trimestre do ano, mas a capital portuguesa ainda é das cidades mais caras da Europa. Seja apartamento, quarto ou estúdio, nenhuma cidade é mais cara para arrendar do que Amesterdão

Tim Graham

No primeiro trimestre de 2024 as rendas dos apartamentos cresceram 3,8% na Europa, o que mostra que os preços continuam a abrandar (no último trimestre de 2023, tinham crescido 5,8%). Em Lisboa os preços caíram 21,1% no arranque de 2024, mas ainda é uma das cidades mais caras da Europa para arrendar um apartamento, mostra um levantamento do International Rent Index por Cidade da HousingAnywhere.

O acompanhamento feito pela plataforma de arrendamento de médio prazo (essencialmente, de três a 12 meses) permite observar que a última vez que o crescimento dos preços foi superior ao do trimestre anterior foi o segundo trimestre de 2022, nesse período o valor das rendas cresceu 19,3%.

Amesterdão: a cidade mais cara para arrendar um local para viver

Lisboa destaca-se no mundo dos apartamentos. É a nona cidade com as rendas mais altas da Europa (e média 1700 euros), apesar da queda de 21,1% no arranque de 2024, face ao primeiro trimestre do ano passado.

Nos apartamentos, as rendas são mais altas em Amesterdão, Roma e Paris (2275, 2000 e 1862 euros, respetivamente, com variações de 0,01%, 2,6% e 7,9%).

Por sua vez, ao contrário da capital, no Porto as rendas dos apartamentos aumentaram 4,2%, para cerca de 1250 euros. Entre as 28 cidades analisadas no estudo, o Porto tem o sétimo valor mais baixo.

No caso dos quartos, Lisboa e Porto estão muito próximos na análise feita pela HousingAnywhere. O Porto registou o quarto preço mais baixo (450 euros, mais 7,8% que no primeiro trimestre de 2024) e Lisboa o quinto preço mais reduzido (500 euros, menos 2,9%).

Amesterdão também é a cidade onde arrendar um quarto era mais caro no primeiro trimestre do ano (963 euros, mais 4,6% que no mesmo período de 2023), seguida por Utrecht e Haia (ambas nos 850 euros, com variações de 26,4% e de 6,3%, respetivamente). O ‘top 3’ é todo ocupado por cidades neerlandesas.

Nos estúdios, Lisboa e Porto voltam a estar no final da ‘tabela’. A capital ocupa a 18ª posição, com um valor de 1050 euros (menos 4,5% que há um ano), e a ‘Invicta’ encontra-se na 22ª poisção (890 euros, menos 1,1%).

Neste caso, também é Amesterdão que lidera, com um valor médio de 1740 euros (menos 0,6%), seguido por Haia (1525 euros, mais 22%) e por Munique (1499 euros, menos 0,1%).

Para chegar a estas conclusões, a HousingAnywhere, com sede em Roterdão, analisou 65.715 propriedades que entraram na plataforma e receberam interesse de potenciais inquilinos no último ano. A análise tem em conta quartos, estúdios e apartamentos entre T1 (58% do total de apartamentos analisados) e T3, localizados em 28 cidades europeias. No levantamento estatístico não é referido quantos contratos foram analisados em Portugal.