Uma pequena revolução está a ocorrer na Várzea de Melides, onde 70% da produção de arroz passou a ser feita de modo sustentável, graças a uma nova técnica de sementeira que permite reduções nos consumos de água e de fertilizantes, e que decorre da iniciativa do projeto Intertidal Melides.
Nos 70 hectares da Várzea de Melides, onde uma dúzia de agricultores asseguram por ano a colheita de 1 milhão de toneladas de arroz, em dois terços da produção já não se pratica a sementeira em campos alagados, e o consumo de água, químicos e adubos caiu a pique, na sequência dos novos métodos de produção.
“Poupa-se à volta de 30% de água, 30% de adubo e 30% de semente”, adianta Joaquim Chainho, agricultor na Várzea de Melides, com uma produção de arroz que atinge anualmente 450 a 500 toneladas (com a marca Avô Quim), e que tem estado a utilizar as novas técnicas.
“Começamos por semear o arroz em linha para poupar água, não pomos adubo profundo quase nenhum. Costumávamos usar 200 kg de semente, e agora são só 130 kg", detalha Joaquim Chainho.