A subida do preço do azeite está levar a um aumento dos casos de fraude. Só os produtores de Trás-os-Montes já apresentaram mais de uma dezena de queixas-crime.
Este ano a campanha até correu melhor com uma recuperação da produção de azeite a rondar os 20%, mas a cooperativa agrícola de Murça está longe de recuperar as perdas que se registaram no setor em 2022.
O preço do litro já ultrapassa os 10 euros. Por isso, foi com estranheza que os responsáveis viram anúncios no mercado com valores de venda muito mais baixos e avançaram com queixa-crime ao Ministério Público.
A Associação de Olivicultores de Trás-os-Montes já apresentou 11 queixas-crime devido à utilização indevida de denominação de origem protegida. O nome Trás-os-Montes ajuda a atrair clientes para o que muitas vezes é um produto fraudulento.
Para Francisco Ribeiro, um garrafão de azeite de cinco litros vendido a menos de 50 euros é para desconfiar. Até porque os preços de produção dispararam. A Associação de Olivicultores alerta, por isso, os consumidores para a importância de comprar azeite com rótulo e fatura.
Recomenda-se assim que se leiam bem as informações no rótulo e comprar em locais reconhecidos para a venda de azeite e muito cuidado com as compras na internet, quando o operador não está devidamente identificado.