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Banco central da Suíça corta juros e Noruega mantém taxas inalteradas

Depois do Canadá e do Banco Central Europeu, foi a vez de a Suíça reduzir os juros. Em Oslo, a primeira descida será só em 2025

FOTO Denis Balibouse/ REUTERS

O Banco Nacional Suíço (SNB, central) reduziu esta quinta-feira a taxa diretora em 25 pontos-base, para 1,25%, o segundo corte depois de março, quando começou a fase de flexibilização da política monetária, foi anunciado.

A pressão inflacionista subjacente diminuiu novamente em comparação com o trimestre anterior, disse o SNB (Swiss National Bank) num comunicado, permitindo uma nova redução da taxa para “manter condições monetárias adequadas”.

As duas reduções de março e junho marcaram uma viragem na política monetária suíça, que nos últimos anos tinha estado centrada no combate à inflação e, por isso, tinha subido várias vezes as taxas de juro diretoras em 2022 e 2023, que entre 2015 e 2022 chegaram a ser negativas.

De setembro de 2022 a junho de 2023, o SNB subiu quatro vezes, tendo passado a taxa diretora de -0,25% para 1,75%, mas a tendência ascendente foi interrompida em março.

O Banco Central Europeu (BCE) não seguiu esta linha até 12 de junho último, quando baixou as taxas de 4,5% para 4,25%, após 10 subidas consecutivas desde julho de 2022.

A nova descida das taxas ocorre no mesmo dia em que o SNB baixou a sua previsão de inflação para este ano, de 1,4% para 1,3%, prevendo-se aumentos de preços ainda mais moderados em 2025 (1,1%) e 2026 (1%).

O Produto Interno Bruto (PIB) suíço deverá registar, no corrente ano, um aumento de cerca de 1% e acelerar para 1,5% em 2025.

Banco da Noruega mantém tudo igual

Já o banco central da Noruega manteve as taxas de juro diretoras em 4,5% e adiou um possível corte para o próximo ano.

A elevada subida das taxas registada nos últimos anos arrefeceu a economia norueguesa e abrandou o aumento da inflação, que, no entanto, está acima do objetivo de 2%, argumentou o banco.

“Se baixarmos as taxas demasiado cedo, os aumentos de preços podem permanecer acima do objetivo durante demasiado tempo”, afirmou em comunicado.

Desde o outono de 2021, o Banco Central da Noruega, que não faz parte da União Europeia (UE), subiu as taxas 14 vezes, mas estas mantêm-se em 4,5% desde dezembro passado.

“Se tudo correr como acreditamos, as taxas básicas permanecerão em 4,5% durante o resto do ano, e depois cairão gradualmente”, disse a chefe do organismo, Ida Wolden Bache.