O lucro da construtora Mota-Engil em 2023 ascendeu a 113 milhões de euros, mais 120% do que o ganho alcançado no ano anterior, informou a empresa portuguesa em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). Trata-se de um lucro recorde para a companhia liderada por Carlos Mota Santos.
O EBITDA (resultado antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) cresceu 55%, para 837 milhões de euros, garantindo uma margem de 15%, de acordo com a apresentação enviada à CMVM.
O ano fechou com um volume de negócios de 5,55 mil milhões de euros, o que representou um crescimento de 46% em relação a 2022, tendo a carteira de encomendas subido de 12,56 mil milhões de euros em 2022 para 12,94 mil milhões de euros no final de 2023 (com África a representar 55% deste total).
A maior parte da faturação continuou a vir da engenharia e construção, com um volume de negócios de 4,92 mil milhões de euros (mais 54% do que em 2022), tendo a América Latina (2,75 mil milhões de euros) e África (1,52 mil milhões de euros) dado os maiores contributos.
A segunda maior linha de negócio, mas a uma distância considerável, foi a do ambiente, onde as receitas se cifraram em 518 milhões de euros, recuando 7% em relação a 2022.
A Mota-Engil encerrou 2023 com uma dívida líquida de 1175 milhões de euros, o equivalente a 1,4 vezes o EBITDA.
Recorde-se que no seu plano estratégico para 2026 a construtora traçou como meta um múltiplo de dívida face ao EBITDA de 2 vezes.