Construção

Habitação: custos de construção voltam a acelerar à boleia do preço da mão de obra

A construção de habitação nova ficou mais cara 2,5% em novembro em termos homólogos, contra 1,5% no mês de outubro. O aumento de 8,7% nos custos da mão de obra explica, em parte, a aceleração deste indicador

Após 10 meses consecutivos de desaceleração, os custos de construção interromperam a tendência e voltaram a acelerar em novembro de 2023, mês marcado por uma variação homóloga de 2,5%, mais 1 ponto percentual (p.p.) do que o crescimento registado em outubro.

Os números revelados esta terça-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) dão também conta de uma variação em cadeia de 1,7%, mais 1 p.p. relativamente a outubro.

O aumento de 8,7% dos custos com a mão de obra, mais 1,8 p.p. que em outubro, ajuda a explicar a interrupção da tendência de abrandamento registada desde abril do ano passado, puxada pela descida dos preços dos materiais. Esta outra componente do Índice de Custos de Construção Nova apresentou uma variação homóloga negativa de 1,8%, contra -2,3% registados no mês anterior.

Segundo o INE, o custo da mão de obra contribuiu com 3,6 p.p. (2,8 p.p. no mês anterior) para a formação da taxa de variação homóloga do ICCHN e os materiais com -1,1 p.p. (-1,3 p.p. em outubro).

O aço para betão e perfilados pesados e ligeiros, a chapa de aço macio e galvanizada e os materiais de revestimentos, isolamentos e impermeabilização são os materiais que mais contribuíram negativamente para a variação agregada do preço, ao registarem descidas de cerca de 15% no mês em análise.

Em contrapartida, o INE destaca o cimento, o betão pronto, as tintas, primários, subcapas e vernizes, materiais que registaram crescimentos homólogos de cerca de 10%.