Com o preço dos materiais a apresentar uma tendências decrescente desde abril, são os custos com a mão de obra que estão a alimentar a subida do Índice de Custos de Construção de Habitação Nova (ICCHN) em Portugal.
Os custos de construção de habitação nova aumentaram 2,5% em agosto, com o preço dos materiais a apresentar uma variação homóloga de -0,7% enquanto o custo da mão de obra aumentou 7,1%, revelou esta segunda-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE). Ainda assim é um ritmo de crescimento inferior ao dos meses anteriores.
Em janeiro deste ano o custo da mão de obra chegou a apresentar um crescimento homólogo de 12,3%, segundo o INE.
O gabinete de estatísticas adianta que o custo da mão de obra contribuiu com 2,9 pontos percentuais (p.p) (face a 3 p.p. no no mês anterior) para a formação da taxa de variação homóloga do ICCHN e os materiais com -0,4 p.p. (-0,9 p.p. em julho).
O INE salienta que entre os materiais que mais influenciaram negativamente a variação agregada do preço estão a chapa de aço macio e galvanizada, que apresentou um decréscimo de cerca de 25% em termos homólogos. No campo das descidas surgem ainda o aço para betão e perfilados pesados e ligeiros e os materiais de revestimentos, isolamentos e impermeabilização, todos com descidas de cerca de 20%.
Em sentido inverso, o INE destaca produtos mais consumidores de energia e químicos como o cimento, o betão pronto, as tintas, primários, subcapas e vernizes, as madeiras e derivados de madeira, os mármores e produtos de mármore e os equipamentos de cozinha com crescimentos homólogos de cerca de 10%.