Miguel Cadilhe, presidente do BPN, manifestou-se hoje contra a decisão do Governo de nacionalizar o banco. "Com a nacionalização o governo agravou os problemas no seio do grupo. Não sei se o governo ponderou esses problemas", disse Cadilhe.
"Neste momento estamos com os accionistas, alguns dos quais muito recentes que confiaram em nós. A nacionalização vai exigir muitos mais capitais públicos do que a proposta que fizemos ao governo, que compreendia a tomada de acções preferenciais remuneradas no valor de 600 milhões de euros, além do plano em curso de injecção de capital no banco e venda de activos", acrescentou.
Cadilhe disse ainda que o Governo não foi obrigado a nacionalizar o banco, dizendo que foi opção política. O ex-ministro das finanças disse ainda que não vai ficar à frente do BPN nacionalização. "Isso nunca", disse. "Não foi a solução que propusemos". E referiu que o "surpreendeu a dimensão e intensidade dos problemas" que encontrou quando há quatro meses chegou ao banco.