A Auto Sueco tem um novo presidente. Tomás Jervell, é o novo líder de um grupo com 3200 trabalhadores e 67 empresas em 15 países. Aos 37 anos o gestor substitui o seu pai, Tomaz Jervell, à frente de uma organização em reestruturação interna e crescente internacionalização.
A reorganização foi anunciada pelo presidente cessante, numa entrevista à Exame em 2005. Mas os efeitos das mudanças começaram a sentir-se com maior acuidade em 2007. A Auto Sueco reagiu ao fim da exclusividade de comercialização da Volvo, com a integração de outras marcas nos seus concessionários: Honda, Ford, Mazda, Jaguar, Isuzu, Ssang Yong e Fiat.
O investimento na internacionalização também cresceu. Hoje, a Auto Sueco vende maquinaria, camiões e peças para automóveis em países como Espanha, Brasil, Estados Unidos, Angola, Botswana e Tanzânia.
Rejuvenescer a empresa
Em paralelo, foi iniciado um projecto de rejuvenescimento dos recursos humanos. Fundada em 1949, a Auto Sueco tem entre os seus quadros, trabalhadores com 30 e 40 anos de casa. A entrada de colaboradores mais jovens, a mudança do modelo de avaliação e desempenho, bem como a revisão de funções gerou alguma instabilidade. O que não impediu a organização de ser a 10ª melhor empresa para trabalhar em Portugal, segundo o ranking publicado na última edição da Exame.
Rejuvenescimento que chega agora à administração. Tomás Jervell é licenciado em gestão e começou a trabalhar numa das empresas da família, a Biosafe. Em Março de 2002 assumiu a direcção administrativa e financeira da Auto Sueco.
Diversificar negócios
O grupo apostou, igualmente, na diversificação de negócios para indústria, imobiliário e serviços. Na indústria, através de empresas como a Soma e a Biosafe, a Auto Sueco produz carroçarias para contentores de lixo e recicla pneus em fim de vida.
Em 2007 a Auto Sueco registou um volume de negócios de 734 milhões de euros e lucros de 33,8 milhões de euros. A empresa ainda não apresentou resultados de 2008, ano de intensa descida nas vendas do sector automóvel mundial. Só na Europa, no ano passado, as vendas de veículos ligeiros desceram 7,8% face a 2007, indicam dados da ACAP - Associação Automóvel de Portugal, a pior queda desde 1993.