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Economia

Governo quer grandes grupos na corrida à TAP

O Governo só aceita propostas de consórcios que tenham como líder companhias maiores que a transportadora aérea portuguesa

Manifestação de interesse por potenciais candidatos à compra da TAP ultrapassa as fronteiras europeias
Horacio Villalobos/Getty Images

Se dúvidas houvesse, tornou-se claro com o caderno de encargos da privatização aprovado a 5 de setembro em Conselho de Ministros: o Governo só aceitará propostas de compra para a TAP de consórcios que tenham como líder companhias maio­res que a transportadora portuguesa. Os candidatos têm de ter receitas superiores a €5 mil milhões, cerca de 20% acima dos €4,2 mil milhões de volume de negócios alcançado pela TAP em 2024. Uma linha vermelha que afasta da corrida companhias de pequena escala e atira a TAP para os braços dos gigantes da aviação.
Ser uma empresa substancialmente maior do que a TAP e com experiência comprovada em aviação é uma regra-chave — o Executivo quer alguém que alavanque o crescimento da companhia portuguesa. Estão afastados, como líderes de consór­cios, fundos de investimento.