Há 30 anos, em 1995, no início do governo de António Guterres, apresentou-se o chamado Pacto Educativo para o Futuro. O documento era um roteiro estratégico que antecipava os grandes desafios da escola portuguesa num país em que apenas cinco em cada dez jovens concluía o ensino secundário. Marçal Grilo, o ministro de então, confessaria mais tarde que visitou muitas escolas em que ouvia recorrentemente que “conseguir sentar os alunos na sala” era um objetivo diariamente renovado. Revisitando o documento três décadas depois, encontramos prioridades que poderiam constar de qualquer debate sobre educação atualmente: descentralizar políticas, valorizar os professores, dar autonomia às escolas. Os tempos são outros e muito se alcançou desde então. As crianças e jovens têm hoje mais anos de escolaridade, mas ainda existem obstáculos no sistema de ensino português para que estes anos de escolaridade se traduzam em aprendizagens efetivas.
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Ainda é difícil sentá-los?
Com um olhar de 30 anos para o Pacto Educativo para o Futuro, Pedro Freitas aponta os principais desafios que ainda se colocam ao sistema de ensino português