Em linguagem de bancos centrais diz-se que um governador é uma ‘pomba’ quando tem uma postura mais flexível da condução da política monetária (por norma, mais favorável a juros mais baixos) e, em oposição, caracteriza-se como um ‘falcão’ sempre que apoia uma postura mais restritiva. No quadro dos atuais membros do banco central, Mário Centeno era posto sempre o mais à esquerda possível, assumindo esse como o lado das ‘pombas’, mesmo que Portugal tenha trocado de papel com alguns países do centro da Europa como o aluno bem-comportado em Bruxelas em matéria de contas públicas.