Miguel Pinto Luz não gostou que a ANA tivesse partilhado com imprensa que o relatório que irá entregar até dia 17 de julho, ao Governo, aponta para que o novo aeroporto de Lisboa possa "ser menos dispendioso" do que estava previsto quando foi feita a concessão, em 2012. E avisa que o Governo sempre defendeu que o novo aeroporto pode fazer-se “sem crescimento de taxas” aeroportuárias e "sem prorrogação dos prazos do contrato de concessão", como propõe a concessionária dos aeroportos portugueses, controlada pela francesa Vinci.
Avançou também que Eugénio Fernandes, ex-presidente da EuroAtlantic, vai ser nomeado como coordenador da Estrutura de Gestão e Acompanhamento dos Projetos de Aeroportos, a EGAPA. Em entrevista ao Expresso, o ministro das Infraestruturas fala na saída das Forças Armadas de Figo Maduro para o Montijo e dos passos dados nessa matéria, e afirma que espera que a expansão do aeroporto Humberto Delgado - onde irá haver uma nova Torre de Controlo, num investimento de entre 10 milhões e 15 milhões de euros - esteja pronta até 2028. "Acreditamos que, nos próximos três anos, temos a conclusão de todas as obras [no Aeroporto Humberto Delgado]", salienta o governante.
Pinto Luz dá ainda nota da aprovação, em Conselho de Ministros, de investimento nas infraestruturas de acesso ao aeroporto Luís de Camões, nomeadamente da Terceira Travessia do Tejo. E avança detalhes das obras de 50 milhões de euros no Aeroporto Francisco Sá Carneiro que estarão concluídas em 2026 e o do impacto dos investimentos rodoferroviários na centralidade da região Norte, cujo objetivo é também evitar que o país esteja "inclinado a Sul".