Há um ano como economista-chefe da OCDE, Álvaro Santos Pereira diz-se “preocupado e expectante” com o impacto económico das guerras militares e comerciais. Sem comentar as previsões otimistas do Governo, que destoam muito das da OCDE e das de várias organizações nacionais e internacionais, espera que Montenegro avance com reformas estruturais, paradas desde 2013. Em conversa com o Expresso aquando do Fórum do BCE, em Sintra, diz que não são necessárias revisões constitucionais para fazer reformas de fundo, mas há uma que teria grande impacto na competitividade: a área laboral deve sair da Constituição, ser tratada só no Código do Trabalho, num modelo de ‘flexisegurança’.
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Álvaro Santos Pereira em entrevista: “Proteção dos despedimentos individuais deve sair da Constituição”
Desde 2013 que não se fazem reformas estruturais, e tivemos até um primeiro ministro que “era alérgico a elas”, diz Álvaro Santos Pereira, que espera começar a ver o Governo de Luís Montenegro a apresentar resultados. Uma revisão constitucional não é indispensável mas há uma área onde ela daria um impulso à competitividade, considera