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Economia

FMI condena "deriva para a divisão" na economia mundial. Prevê para 2025 mais inflação sem recessão

A economia mundial está a enfrentar “mudanças repentinas e avassaladoras”, avisa, esta quinta-feira, Kristalina Georgieva, a diretora-geral do Fundo Monetário Internacional, no discurso de antecipação das reuniões da Primavera que se iniciam na próxima segunda-feira

Kristalina Georgieva é a atual diretora-geral do FMI
Hamad I Mohammed/Reuters

A incerteza “literalmente saltou para fora dos gráficos”, aumentou oito vezes desde a assembleia geral do Fundo Monetário Internacional (FMI) em outubro do ano passado, a volatilidade nos mercados financeiros está em alta, assiste-se a “uma erosão da confiança” no sistema internacional e entre países, e a economia mundial está a viver “mudanças repentinas e avassaladoras”. São as palavras, em tom pessimista, de Kristalina Georgieva, esta quinta-feira, no discurso de pré-abertura das reuniões da Primavera do FMI que se iniciam na próxima segunda-feira em Washington DC, nos Estados Unidos.

Mas, conservando um desejo otimista, a diretora-geral do FMI apela a que se mantenha “uma economia mundial mais resiliente e não uma deriva para a divisão”. A economista búlgara, que dirige o Fundo desde outubro de 2019 e tem mandato até 2029, espera que as reuniões que se vão realizar na próxima semana sirvam “de um modo vital para o diálogo num momento crucial”.