Os Estados Unidos, desta vez, foram mais rápidos a ajudar um país agredido do que durante a fase inicial da Segunda Guerra Mundial, em que mantiveram a sua postura de neutralidade perante a guerra que se desenrolava no continente europeu. A Administração Biden levou menos de 48 horas a enviar a primeira ajuda de 350 milhões de dólares (313 milhões de euros ao câmbio da altura) à Ucrânia, depois de Moscovo ter iniciado uma invasão em larga escala do país vizinho, a 24 de fevereiro de 2022.
Há mais de oito décadas, Washington manteve-se à distância, face ao blitzkrieg de Berlim em setembro de 1939, invadindo a Polónia. Só depois do Blitz de bombardeamentos nazis sobre a Grã-Bretanha, iniciado em setembro de 1940, e do pedido lancinante de contratorpedeiros por parte de Winston Churchill, o então primeiro-ministro britânico, os EUA resolveram dar os primeiros passos nas ajudas.
Mas Washington não deu ponto sem nó. O que ficou conhecido como acordo de troca de “contratorpedeiros por bases militares” levou os EUA a enviarem cinco dezenas desses navios de guerra datados da Primeira Guerra Mundial, mas o país exigiu, em troca, uma utilização por 99 anos, sem custo de aluguer, das bases aéreas e navais do império britânico nas Caraíbas e na ilha da Terra Nova e na península do Labrador no Canadá.