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Economia

Preços: há 30 anos que as rendas e telecomunicações não encareciam tanto como em 2024

Apesar do abrandamento geral da inflação em 2024, algumas categorias de bens e serviços encareceram muito acima da média. As rendas na habitação, por exemplo, desde 1994 que não subiam tanto. As telecomunicações há pelo menos 32 anos que não encareciam tanto de um ano para o outro. E os seguros de saúde não param de escalar

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Luís Barra

O ano de 2024 foi o segundo consecutivo em que a inflação abrandou, depois da subida drástica dos preços em 2022. O Instituto Nacional de Estatística (INE) confirmou esta segunda-feira, 13 de janeiro, que a variação média de 2024 da taxa de inflação foi de 2,4%. Ou seja, os preços do cabaz de bens e serviços analisado pelo INE aumentaram, em média, e entre janeiro e dezembro, 2,4% face aos preços de 2023. Uma subida muito mais baixa do que o “disparo” médio de 4,3% em 2023 e, principalmente, do que a subida de 7,8% de 2022, ano que reapresentou aos portugueses o fenómeno económico, há muito adormecido, da subida rápida de preços.

Apesar do abrandamento geral, o diabo está nos detalhes. Tendo 2024 sido um ano com uma taxa de inflação média menos dolorosa para a sociedade em geral, algumas categorias de bens e serviços particularmente relevantes para tiveram aumentos muito superiores à média: eletricidade, comunicações e rendas habitacionais, três despesas às quais a esmagadora maioria das famílias portuguesas não consegue escapar, subiram a um ritmo muito superior.