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“Um bacalhau mais pequeno por favor”: nas compras deste Natal, “discute-se até o preço dos figos secos” no comércio tradicional

Vendas nas lojas de rua poderão melhorar em cima da hora, acreditam os comerciantes, e até há um estudo a antecipar que este será o terceiro maior Natal de sempre em gastos dos portugueses. Mas só porque tudo está mais caro. No final teremos menos prendas, e mais pequenas

Na Favorita do Bolhão, no Porto, os clientes continuam a fazer fila à porta para comprar bacalhau, mas ressentem-se dos preços mais caros
RUI DUARTE SILVA

Nas baixas de Lisboa e Porto, apenas as iluminações lembram que o Natal está à porta. O movimento é pouco para o que seria esperado neste período, dentro e fora das lojas. Ainda há quem acredite que nos últimos dias, em particular no próximo fim de semana, as vendas poderão melhorar.

A realidade mostra-se bipolar entre o que se passa no comércio de rua, nos centros comerciais ou nas vendas online. E um estudo do Instituto Português de Administração de Marketing (IPAM) até antecipa que este ano será o terceiro maior de sempre em volume de gastos dos portugueses nas compras de Natal.

Mas o próprio estudo conclui que as previsões em alta no consumo dos portugueses para o Natal de 2024 se devem ao facto de estar tudo mais caro - e no final, resultará na oferta de menos presentes, e de menor valor. Lojistas contactados pelo Expresso reiteram que, de momento ,“discute-se até o preço dos figos secos” e não falta quem peça “um bacalhau mais pequeno”.