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Economia terá de crescer ao ritmo mais rápido em quase dois anos para atingir a meta do Governo para 2024

Crescimento abaixo do esperado no verão obriga a forte impulso da economia no quarto trimestre deste ano para atingir a meta anual do Governo de 1,8%. PIB terá de avançar pelo menos 1,1% face aos três meses anteriores, valor que não é alcançado desde o início de 2023. Retroatividade da diminuição do IRS e bónus para pensionistas podem ajudar, dinamizando o consumo na reta final do ano

Javier Ghersi

Depois de o crescimento da economia portuguesa ter ficado abaixo das previsões dos economistas durante o verão - o PIB avançou 0,2% em cadeia e 1,9% em termos homólogos - a meta do Governo para o conjunto deste ano, inscrita na proposta do Orçamento do Estado para 2025 (OE 2025), ficou mais longe.

Os cálculos do Expresso indicam que para atingir um incremento anual de 1,8% em termos reais (a referida meta do Governo) o Produto Interno Bruto (PIB) português terá de avançar pelo menos 1,1% no quarto trimestre deste ano face aos três meses anteriores. Um aumento em cadeia desta dimensão não é atingido há quase dois anos. Mas, não é uma tarefa impossível, até por causa do impulso esperado no consumo privado, por causa da diminuição das retenções na fonte do IRS, cujos retroativos foram pagos em setembro e outubro, e do ‘bónus’ para os pensionistas, pago em outubro.