O Fundo Monetário Internacional (FMI) deu esta terça-feira uma boa e uma má noticia no World Economic Outlook (WEO), apresentado em Washington DC: há sinais positivos sobre a inflação, mas perspetivas pouco animadoras em termos de crescimento global.
O economista-chefe da organização, Pierre-Olivier Gourinchas, começou por anunciar que “a guerra contra a inflação está quase ganha” e que só falta “a última milha”, a percorrer em 2025 para que o surto inflacionista que castigou a economia mundial entre 2022 e 2024 passe à história. A inflação mundial deverá cair para 5,8% em 2024 e 4,3% em 2025 em termos médios anuais. No final do próximo ano já deverá situar-se em 3,5%, abaixo da média anual entre 2000 e 2019.
Além disso, o FMI destaca que o processo de desinflação, de descida de um pico de 9,4% no terceiro trimestre de 2022 para 3,5% no final do próximo ano, se se concretizar, fez-se com um “rácio de sacrifício” muito mais baixo do que nos dois episódios inflacionistas anteriores, de 1990-1994 e 2007-2008.