O relatório Draghi veio descrever as carências atuais das economias europeias e propor vias de saída, como emissões conjuntas de dívida pelos 27 para financiar o enorme investimento público, proposta logo recusada por países como a Alemanha, parte dos chamados “frugais”. É consensual entre as economias desenvolvidas que, nos próximos anos, vai ser preciso um investimento massivo quer para consumar a transição energética quer para aproveitar a promessa revolucionária que vem acoplada a tecnologias como a da inteligência artificial (IA). Esta grande necessidade de investimento, aliada à necessidade de captar fundos para poder fazê-lo, está a colocar os fundos soberanos em cima da mesa como uma possível solução.
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Os fundos soberanos estão na moda na Europa: pode Portugal vir a ter um?
Em anos de excedente, e com necessidades futuras de investimento cada vez mais exigentes, os fundos soberanos têm sido propostos como solução. “É importante levar os recursos públicos a sério”, diz o economista Gonçalo Pina.