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Economia

Política monetária para todos os gostos: China corta taxas, Japão e Rússia sobem-nas, Lagarde e Powell adiam decisões

A maioria dos bancos centrais continuou a optar em julho por não mexer nos juros. Mas houve um corte surpresa em Pequim e subidas de juros em Moscovo e Tóquio, com a decisão no Japão a provocar uma derrocada bolsista. O BCE manteve o tabu sobre a segunda descida, ao passo que a Fed abriu a porta a um primeiro corte já em setembro. No primeiro dia de agosto, o Banco de Inglaterra, finalmente, aprovou a primeira descida da sua taxa em mais de quatro anos

Christine Lagarde (BCE) e Jerome Powell (Fed)
Mike Theiler/Reuters

A maioria dos bancos centrais continuou em julho por optar não mexer nos juros. Em 41 reuniões realizadas, 24 autoridades monetárias mantiveram o quadro de política monetária, 14 decidiram cortar juros e apenas três subiram as taxas. No caso do aumento dos juros pelo Banco do Japão, o efeito foi desastroso: o iene valorizou-se 17% face ao dólar e o principal índice em Tóquio, o Nikkei 225, está a registar uma derrocada nas três primeiras sessões de agosto.

A tendência maioritária na política monetária revela uma posição de cautela face à incerteza na frente dos preços, sensíveis às mudanças geopolíticas e aos eventos climáticos, e ao comportamento da política orçamental quando desviante do controlo do gasto público.