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Economia

“Nunca apareceu uma empresa a dizer que investia se o IRC fosse mais baixo”

Em Portugal e pela Europa fora, a disponibilidade 
de solo urbano de uso industrial licenciável e a disponibilidade
de provimento elétrico verde são fundamentais para qualquer investidor. Portugal está bem posicionada neste campo, mas precisa de reforçar as condições, diz Filipe Santos Costa, ex-presidente da AICEP. A taxa de IRC não tem sido um tema nas negociações com promotores de investimento

Matilde Fieschi

Filipe Santos Costa estava a poucos dias de completar um ano na presidência da AICEP quando foi demitido. Numa entrevista ao Expresso com a qual se tinha comprometido ainda antes de sair, o responsável lamenta a politização das nomeações nos organismos públicos — é a primeira vez que um mandato na AICEP é interrompido a meio, sublinha — e deixa um apanhado dos projetos que estavam em curso. Portugal está em boa posição para atrair mais investimento estrangeiro e reforçar as exportações, considera o antigo gestor, que passou também pela Global Parques, a empresa da AICEP que faz a gestão dos parques empresariais e industriais de Sines, Setúbal e Rio de Mouro.