António Horta Osório teve funções executivas na banca durante anos. Agora divide o seu tempo entre Portugal e o estrangeiro. Entre empresas portuguesas de áreas tão distintas como a Impresa, dona do Expresso (onde é vice-presidente), ou a Bial (chairman) e o sector financeiro fora de Portugal, onde atua como senior advisor do fundo Cerberus ou do Mediabanca. Não conta regressar a funções executivas no sector bancário em Portugal, onde começou a sua carreira no Citibank no final da década de 80. Não quer dizer “que não faça também atividades como investidor em sectores que eu conheço, ou que acho importantes, e obviamente a banca é um sector que eu conheço muitíssimo bem”. Um dos negócios que se anuncia é a venda do Novo Banco e Horta Osório tem uma posição clara sobre o que pode acontecer. A Caixa tem 25% do mercado, tem de devolver o dinheiro aos contribuintes antes de arriscar mais e não deveria ser o comprador. Os bancos espanhóis — Santander e CaixaBank, principalmente — já têm peso relevante em Portugal e não deveriam concentrar mais. Sobra o BCP, que já mostrou interesse, mas é preciso esperar para ver. Em entrevista ao podcast “Money Money Money” defendeu ainda os lucros dos bancos (que já pagam mais impostos do que outras empresas), a independência dos bancos centrais e avisou que a batalha da inflação ainda não está ganha.
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“Se a CGD comprar o Novo Banco, não devolve as ajudas aos contribuintes”
António Horta Osório, gestor