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Economia

Fuga de jovens: “Têm de fazer o que é no seu melhor interesse”

Saída de jovens qualificados pode, a prazo, trazer vantagens. Redução da população deve ser uma preocupação

Para alguém que viveu duas décadas fora e que hoje ainda reparte o seu tempo entre Portugal e o estrangeiro, a emigração não é um tema estranho. A saída de jovens, dos mais qualificados, tem sido uma das preocupações dos governos portugueses nos últimos anos. António Costa tomou várias medidas para os tentar convencer a ficar — ou a voltar — e Montenegro apresentou um pacote onde se destaca o IRS jovem para quem tem menos de 35 anos. António Horta Osório começa por sublinhar que, como em quase tudo, a questão da emigração dos jovens “tem dois lados e há várias perspetivas sobre o assunto”. Por um lado, é visto como um problema porque houve investimento na sua formação que não é aproveitado. É por isso que “temos de criar as condições para esses jovens voltarem” e, nesse sentido, acha “bem o Governo diminuir o IRS para os jovens”. Mas, por outro lado, “os jovens têm que fazer aquilo que é no seu melhor interesse”. Se a oferta é atrativa não há como os recriminar. Há um lado positivo individual e, eventualmente, até para o país: “Vai ganhar uma experiência internacional extraordinária, num contexto cultural diferente, uma experiência de vida fantástica, vai sempre ser português e um dia há de voltar.”