Enquanto se aguarda pelo desenvolvimento das negociações entre a ANA — Aeroportos de Portugal e o Governo e pelo relatório inicial da concessionária, que terá de chegar em dezembro, Rosário Partidário, a coordenadora da Comissão Técnica Independente (CTI) que estudou a localização do novo aeroporto, vem afirmar que ele pode estar construído em sete anos. Disse-o esta semana à margem da Conferência da Air Transport Research Society, onde defendeu que “o Governo não pode estar à espera da ANA” para avançar com o aeroporto, que será construído no Campo de Tiro de Alcochete. Sem hesitações, Partidário apelou ao Executivo de Luís Montenegro para “pensar no que tem de fazer, em ter uma programação” e não ficar dependente da concessionária. O contrato de concessão dá até cinco anos para a ANA — Aeroportos de Portugal elaborar a candidatura à construção do Luís de Camões. “Vamos estar cinco anos à espera que uma máquina esteja no terreno? Cinco anos é muito tempo quando estamos numa situação de urgência. Os procedimentos não são novidade. É uma questão de planear”, sublinhou. As negociações estão ainda a dar os primeiros passos. As Infraestruturas e as Finanças já formalizaram o processo, e a concessionária tem até meados de dezembro para enviar ao Estado o relatório inicial sobre o desenvolvimento da capacidade aeroportuária de Lisboa: obras de expansão da Portela e construção do Luís de Camões. O ministro das Infraestruturas quer que as obras arranquem rapidamente, mas ainda tem pela frente um longo caminho.
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ANA tem de entregar relatório inicial de Alcochete em dezembro
Rosário Partidário acredita que o aeroporto pode estar construído dentro de sete anos e exorta o Executivo de Montenegro a não esperar pela ANA