A inflação homóloga nos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) fixou-se em 5,7% em abril de 2024, registando uma ligeira descida em relação aos 5,8% de março e mantendo o mesmo nível observado em janeiro e fevereiro, de acordo com os dados divulgados esta quarta-feira pela organização.
O relatório da OCDE destaca que a inflação global registou uma descida em 24 dos 38 países membros da OCDE, com a Estónia, o Reino Unido, a Islândia, o Luxemburgo, a Áustria e a Eslovénia a registarem as reduções mais significativas, de 0,5 pontos percentuais ou mais. Em contrapartida, as taxas de inflação aumentaram em cerca de um terço dos países membros. A inflação manteve-se abaixo dos 2% em sete países, em consonância com os valores comunicados em relação ao mês de março.
A inflação subjacente, que exclui os sectores da alimentação e da energia, desceu para 6,2% em abril, face a 6,4% em março, com três quartos dos países da OCDE a registarem descidas. Além disso, a inflação dos serviços desacelerou na maioria destes países. No entanto, a inflação da energia manteve a sua tendência ascendente, aumentando de 0,6% em março para 1,2% em abril. A inflação dos produtos alimentares registou uma descida, situando-se em 4,8% em abril, em comparação com 4,9% no mês anterior.
Nos países do G7, a inflação homóloga registou uma ligeira descida para 2,9% em abril, alinhando com os níveis registados em janeiro e fevereiro deste ano. O Reino Unido, onde entrou em vigor em abril um corte regulamentar nas faturas de energia dos agregados familiares, e a Itália lideraram as descidas da inflação global, com ambos os países a registarem uma descida anual superior a 10% nos preços da energia. O Canadá e o Japão também registaram descidas da inflação, enquanto as taxas permaneceram estáveis em França, na Alemanha e nos Estados Unidos.
A inflação subjacente no G7 caiu de 3,5% em março para 3,3% em abril, atingindo o seu ponto mais baixo desde outubro de 2021. A inflação na alimentação permaneceu estável em todo o G7, enquanto a inflação da energia registou um aumento. A inflação subjacente continuou a ser o principal motor da inflação global nestes países.
Na área do euro, a taxa de inflação homóloga, medida pelo Índice Harmonizado de Preços no Consumidor, foi de 2,4% em abril. A estimativa provisória do Eurostat para maio de 2024 sugere um aumento da inflação homóloga para 2,6%, com a inflação subjacente a aumentar e a variação dos preços da energia a tornar-se positiva pela primeira vez desde abril de 2023.
Os países que compõem o G20 registaram uma inflação homóloga de 6,9% em abril. Aumentos na inflação global foram registados na China e na Argentina, enquanto o Brasil e a África do Sul registaram descidas. As taxas de inflação na Arábia Saudita e na Indonésia permaneceram praticamente inalteradas.