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Economia

Negócios imobiliários dão recorde de receita fiscal à Câmara de Lisboa, mas não evitam prejuízo

Carlos Moedas acusa o PS de contribuir para os resultados negativos da autarquia, ao impedir-lhe de vender património municipal. As contas da câmara, a que o Expresso teve acesso, dão conta de um crescimento assinalável nas receitas fiscais, sobretudo devido ao Imposto municipal sobre transmissões. Contudo, o disparo dos gastos foi tão relevante que os ofuscou

António Pedro Santos/Lusa

A compra de casas em Lisboa, em particular nos segmentos alto e muito alto, fizeram as receitas da autarquia aumentar no ano passado. Ao todo, o IMT (Imposto sobre Transmissões Onerosas de Imóveis) cresceu 9% para 305 milhões de euros e representando, pelo segundo ano seguido, mais de metade de toda a receita fiscal do município.

Ainda assim, estes crescimentos da receita não foram capazes de impedir um prejuízo de 18,6 milhões, num ano em que o passivo também se agravou, em parte com o financiamento obtido para a Jornada Mundial da Juventude

As contas do município já levaram a uma troca de acusações, com Carlos Moedas a imputar à oposição socialista o bloqueio de uma fonte relevante de receitas, a venda de património municipal, recebendo como resposta de que a distância entre o que faz e o que propaga é muita.