A economia da zona euro levantou ligeiramente a cabeça. O crescimento do conjunto das 20 economias do euro registou uma ligeira aceleração para 0,4% nos primeiros três meses de 2024, depois de quase estagnar no último semestre do ano passado, avança a estimativa rápida do Eurostat publicada esta terça-feira. O organismo de estatística da União Europeia publicou também a primeira estimativa para a inflação em abril na zona euro, que se manteve em 2,4%. Apesar desta estabilização no ritmo de subida de preços no consumidor, interrompendo a trajetória de desinflação desde janeiro, a inflação subjacente (excluindo as componentes mais voláteis) e nos serviços desacelerou. Estas estimativas para o crescimento e a inflação são medidas em termos homólogos, ou seja, em relação a igual período do ano passado.
A Alemanha, a principal economia do euro, está há três trimestres em recessão e a Áustria e a Irlanda (o conhecido ‘tigre’ europeu) há quatro trimestres, em termos homólogos. Os analistas alemães revelaram uma ponta de otimismo esta terça-feira porque a economia germânica cresceu, em cadeia, 0,2% entre janeiro e março, depois de se ter afundado 0,5% no último trimestre do ano passado. Em cadeia é a designação técnica para a variação de um mês em relação ao mês anterior.
As estimativas publicadas para a zona euro revelam que Portugal continua a crescer acima da média da zona euro e que a variação de preços mensal se situa abaixo da inflação no conjunto dos 20 países do euro. O Instituto Nacional de Estatística (INE) em Lisboa avançou que o PIB cresceu 1,4% nos primeiros três meses do ano e que o Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) desceu para 2,3% em abril. O IHPC, que permite as comparações dentro da zona euro e da União Europeia, é distinto da inflação medida pelo INE que foi de 2,2% em abril.