Economia

Exportações voltaram a crescer mais do que as importações em fevereiro

Dados divulgados hoje pelo INE demonstram um novo aumento das exportações em fevereiro, que permitiu uma ligeira melhoria da balança comercial

Thierry Monasse / Getty Images

As exportações e as importações de bens aumentaram em termos nominais 2,3% e 1,5% em fevereiro face ao período homólogo, depois de em janeiro as vendas ao exterior terem crescido 0,5% e as compras recuado 4,1%, revelou esta terça-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE).

Em fevereiro registou-se um acréscimo de 14,8% nas exportações de produtos alimentares e bebidas. Destacam-se também acréscimos na importação de material de transporte (5%), bens de consumo (6%) e de máquinas e outros bens de capital (4,5%). O gabinete estatístico assinala ainda um decréscimo de 6,5% nas importações de combustíveis e lubrificantes.

Excluindo combustíveis e lubrificantes, contudo, o crescimento homólogo das importações em fevereiro superou o crescimento das exportações. As exportações aumentaram 1,4% e as importações 2,6%. Esta diferença deve-se em grande parte aos preços, que têm maior impacto nos produtos petrolíferos, dos quais Portugal é um grande importador líquido.

“Os combustíveis e lubrificantes representaram 20,7% do défice da balança comercial em fevereiro de 2024 (19,1% em janeiro de 2024; 25,9% em fevereiro de 2023)”, referiu o INE.

O índice de valor unitário (preços) continuou a registar variações negativas, -3,9% nas exportações e –6% nas importações.

O défice comercial diminuiu 12 milhões de euros em relação a fevereiro do ano passado, ao atingir os 2356 milhões de euros. Sem contar com os combustíveis e lubrificantes, o défice da balança comercial de bens totalizou 1868 milhões de euros, refletindo um aumento de 113 milhões de euros.

Em termos absolutos, os maiores aumentos nas exportações portuguesas em fevereiro registaram-se na Alemanha e no Reino Unido, continuando Espanha, França e Alemanha como principais clientes de Portugal em fevereiro.

Já o maior aumento de importações em termos absolutos veio dos Estados Unidos (com mais importações de combustíveis e lubrificantes), mantendo-se Espanha e Alemanha destacados entre os principais fornecedores de bens da economia portuguesa.