A taxa de inflação no conjunto dos países membros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) estabilizou nos 5,7% em fevereiro, estando perto dos 6% desde maio de 2023, anunciou a instituição esta segunda-feira.

A inflação global caiu em três quartos dos países da OCDE, com as maiores descidas mensais registadas na Polónia e na Suécia e o maior aumento na Turquia. Bem abaixo da média da OCDE ficaram as taxas de inflação em sete países da organização, abaixo dos 2%, incluindo uma variação negativa do índice de preços na Costa Rica.

Em Portugal, segundo o Instituto Nacional de Estatística, a inflação em fevereiro foi de 2,1% (entretanto, os números mais recentes, apontam para uma subida para 2,3% em março).

A inflação subjacente (excluindo os produtos alimentares e a energia) na OCDE "continuou a diminuir, mas permaneceu elevada em 6,4%", refere a instituição.

A OCDE indica ainda que “a inflação dos produtos alimentares continuou a diminuir pelo décimo quinto mês consecutivo, atingindo 5,3% em fevereiro, após 6,3% em janeiro, e aumentando em apenas quatro países”. Foi a primeira vez que o aumento dos preços dos alimentos foi inferior à inflação global desde novembro de 2021. A nível de energia, houve um ligeiro aumento face ao mês anterior, mas a variação homóloga permaneceu negativa (-0,5%), “apesar da forte inflação energética na Turquia e na Colômbia”.

Nas sete maiores economias globais, denominadas como G7, estabilizou nos 2,9% em fevereiro de 2024, em comparação com 3,2% em dezembro de 2023.

Por sua vez, no G20 (as 20 maiores economias), a inflação subiu para 6,9% (6,4% em janeiro). Segundo a OCDE, “esta subida foi impulsionada, em parte, por um aumento da inflação global na China, que passou a ser positiva pela primeira vez desde agosto de 2023”.