O presidente executivo da Global Media revelou esta quinta-feira em comunicado que o World Opportunity Fund (WOF) não avançará com a transferência de dinheiro para o pagamento dos salários em atraso enquanto não houver decisões relativas às diligências tomadas pela Entidade Reguladora para a Comunicação Social e à providência cautelar de arresto decretada pelo acionista Marco Galinha.
“No decurso da semana passada, mais concretamente na terça-feira, dia 9 de Janeiro, no decorrer da minha audição na Comissão de Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto da Assembleia da República, transmiti o compromisso do acionista que represento em fazer uma transferência bancária de caráter extraordinário no início da presente semana, que permitisse proceder ao pagamento dos salários relativos ao mês de Dezembro ainda não regularizados”, explica José Paulo Fafe em comunicado.
No mesmo comunicado o presidente executivo do grupo refere que “ainda que até ao momento essa transferência não tenha sido rececionada, o WOF transmitiu-me no dia de hoje a sua indisponibilidade em efetuar qualquer transferência, sem que o Conselho Regulador da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) conclua o processo administrativo autónomo para a aplicação do artº 14 da Lei da Transparência, e que pode eventualmente resultar na inibição do exercício dos direitos de voto por parte do WOF”.
“O World Opportunity Fund transmitiu-me igualmente no dia de hoje [quinta-feira, 18 de janeiro] a sua indisponibilidade em efetuar qualquer transferência até que o alegado procedimento cautelar de arresto anunciado publicamente pelo empresário Marco Galinha seja retirado”.
Fafe aproveitou ainda o comunicado para negar qualquer conhecimento de propostas de compra do grupo: “é meu dever informar todos os trabalhadores da Global Media que a Comissão Executiva, ou eu próprio, enquanto representante do WOF, não tem qualquer conhecimento, a não ser através da Comunicação Social, de qualquer proposta de aquisição de ativos do grupo”.