António Costa Silva não hesita em dizer que a privatização da Efacec foi o dossiê mais difícil com que teve de lidar nos quase dois anos como ministro da Economia e do Mar. “Sim, posso dizer isso: foi a minha maior dor de cabeça. E, apesar das críticas, durmo descansado porque há duas mil pessoas que não foram para o desemprego”, admitiu. Lamenta que o processo de venda, concluído três anos após a nacionalização, se tenha arrastado. E, com isso, obrigado o Estado a injetar €200 milhões para garantir a operacionalidade da empresa e outro tanto para assegurar as condições de venda ao fundo alemão Mutares, por €15 milhões.
“A Efacec é um dossiê complicado e complexo”, reconheceu, sublinhando que o processo foi sempre monitorizado pela Comissão Europeia por causa do tema dos auxílios de Estado. “Quando o processo foi lançado, o pronunciamento da DG Comp [Direção-Geral da Concorrência] foi claro, e o Estado português passou no teste do operador de mercado. Qualquer operador teria tomado a decisão que tomámos”, afirmou o governante.