Já quase no final do verão, um navio carregado com 80 mil toneladas de milho navegava, Atlântico acima, em direção a Lisboa, com origem na África do Sul. Aquela quantidade era suficiente para o abastecimento nacional durante cerca de três semanas.
A poucos dias da chegada a Lisboa surgiu a informação de que, nas análises feitas na origem, o milho a bordo revelava indícios de mais fitofármacos do que os permitidos pela União Europeia. O navio teve de ser desviado para a Arábia Saudita (com menos restrições) e Portugal teve de procurar desesperadamente uma alternativa. Esta foi a última situação de flagrante stresse na logística de abastecimento nacional, relatada ao Expresso por uma fonte do sector.