O corte nos salários dos trabalhadores da TAP, aplicado na sequência do plano de reestruturação, foi revertido em julho e há cinco meses que a remuneração está a ser paga por inteiro. Um passo dado pela administração de Luís Rodrigues que permitiu que a TAP atravessasse o verão sem sobressaltos, mas que agora com António Costa demissionário e um governo de gestão, poderá estar em risco. É que o fim do acordo temporário de emergência que permitiu que o corte nos salários dos trabalhadores terminasse ainda não tem a luz verde das Finanças.
Os documentos que permitem formalizar a decisão, sabe o Expresso, só foram enviados pela gestão da transportadora para o Ministério das Finanças na quinta-feira, dois dias depois do abanão que as investigações da Operação Influencer provocou no Governo. E sem a assinatura do ministro das Finanças, Fernando Medina, a autorizar o aumento da despesa e o novo acordo de empresa, o acordo refeito não pode ser publicado. Será um aumento da massa salarial no montante de cerca de €10 milhões por mês.