É uma aceleração, mas modesta. A atividade económica em Portugal entrou em novembro a crescer 1,5% face à mesma altura de 2022, o que compara favoravelmente com a quase estagnação na segunda metade de outubro, mas fica muito longe dos mais de 5% observados no início desse mês.

É isso que sinaliza o indicador diário de atividade económica (DEI), calculado pelo Banco de Portugal (BdP).

Os dados foram atualizados esta quinta-feira e, segundo uma nota publicada pelo BdP na sua página na internet, “na semana terminada a 5 de novembro, o indicador diário de atividade económica (DEI) aponta para uma taxa de variação homóloga da atividade em linha com a observada nas últimas semanas.”

Ainda assim, o valor registado por este indicador nessa semana ficou acima da quinzena anterior, indicam os dados do BdP.

De facto, na semana terminada a 5 de novembro - que abrange o período entre 30 de outubro e 5 de novembro - a média móvel semanal do DEI indica um crescimento de 1,5%, da atividade económica no país.

Este valor fica acima dos 0,3% da semana anterior (terminada a 29 de outubro) e compara com um avanço de 0,6% na semana terminada a 22 de outubro.

São valores muito modestos, que lançam preocupação sobre o comportamento da economia portuguesa no quarto trimestre deste ano. E que pode ser ainda afetado pela crise política que se instalou no país esta semana, na sequência da demissão do primeiro-ministro.

O DEI é um indicador compósito, calculado pelo BdP, que reúne dados de alta frequência e procura traçar um retrato, quase em tempo real, da evolução da atividade económica em Portugal. Assim, cobre diversas dimensões, sumariando a informação das seguintes variáveis diárias: tráfego rodoviário de veículos comerciais pesados nas autoestradas, consumo de eletricidade e de gás natural, carga e correio desembarcados nos aeroportos nacionais e compras efetuadas com cartões em Portugal por residentes e não residentes. Os dados são habitualmente atualizados à quinta-feira pelo BdP, podendo os valores passados ser revistos pelo banco central.