Tudo brilha, entrada ampla e glamorosa, tetos altos a perder de vista, zonas de check-in espaçosas, recantos para descanso com sofás ergonómicos. A arquitetura é futurista e a dimensão é tal que é possível acreditar, por momentos, que há uma gigantesca nave espacial à nossa espera do lado de lá da porta de embarque — e é para uma outra galáxia que nos dirigimos. São compridos os corredores que nos levam ao avião, demoram longos minutos a percorrer. Não obstante, há pontos de contacto (mangas) para as centenas de aeronaves que ali passam diariamente, e uma há uma zona exclusiva para a companhia de bandeira, a Turkish Airlines. Não se veem autocarros pejados de passageiros a cruzar as pistas. Os táxis e carros não se atropelam à chegada, não há filas, nem buzinadelas. As vias de chegada são amplas. O caos não passa por aqui.
Eis o Aeroporto Internacional de Istambul, aquele que é hoje o maior aeroporto da Europa. E não é o único aeroporto da capital, uma metrópole com 15 milhões de habitantes: há mais dois, o antigo aeroporto Ataturk, e outro para voos internos, o Sabiha Gorkçen. O novo aeroporto, o que parece vindo do futuro, da “Guerra das Estrelas”, começou a ser construído em julho de 2014. Quatro anos e três meses depois estava concluída a primeira fase: uma infraestrutura que arrancou com cinco pistas e capacidade para receber mais de 90 milhões de passageiros — menos de metade dos 200 milhões que projeta receber em 2028, altura em que terá seis pistas, e ficará concluído. Foi inaugurado em abril de 2019. Contas feias, passaram cinco anos, entre o arranque das obras e a abertura.