Economia

Rácio da dívida portuguesa ficou abaixo de França e Espanha no segundo trimestre, mas ainda é o quinto maior do euro

O rácio da dívida pública portuguesa baixou para 110,1% do Produto Interno Bruto no segundo trimestre deste ano, indicam os dados do Eurostat, publicados esta segunda-feira

Fernando Medina. ministro das Finanças
NUNO FOX

Portugal manteve a trajetória de redução do rácio da dívida pública no segundo trimestre deste ano e deu mais um passo na prioridade do ministro das Finanças, Fernando Medina, de tirar o país do grupo dos mais endividados da zona euro. O rácio da dívida pública portuguesa baixou de terceiro mais alto no primeiro trimestre deste ano, para a quinta posição no segundo trimestre, indicam os dados do Eurostat, publicados esta segunda-feira.

Os números do gabinete de estatística da União Europeia indicam que a dívida pública portuguesa baixou para 110,1% do Produto Interno Bruto (PIB), no segundo trimestre de 2023. Um valor que compara com 112,4% nos primeiros três meses deste ano, e com 121,9% do PIB no segundo trimestre do ano passado.

O rácio da dívida pública portuguesa continuou no segundo trimestre bem acima da média da zona euro (90,3% do PIB) e da União Europeia (83,1%).

Contudo, o país saiu do pódio dos mais endividados no espaço da moeda única europeia. No primeiro trimestre deste ano, o rácio da dívida pública portuguesa era o terceiro mais elevado entre os países do euro, atrás da Grécia e da Itália, e ex-aequo com a França.

Mas, no segundo trimestre, ficou em quinto lugar. O ranking é liderado pela Grécia (166,5%), seguindo-se Itália (142,4%), França (111,9%), Espanha (111,2%) e só depois Portugal (110,1%). Ou seja, Portugal ficou já atrás de França e Espanha.

Recorde-se que na proposta do Orçamento do Estado para 2024, o Ministério das Finanças inscreveu a previsão de baixar o rácio da dívida pública este ano para os 103% do PIB, voltando a descer, para 98,9% do PIB, em 2024.

A confirmar-se, será a primeira vez desde 2009 que o rácio da dívida pública nacional ficará abaixo dos 100% do PIB.