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Economia

Operação Picoas leva a venda de ativos na Altice

Investigação do Ministério Público acelera vendas da Altice e pressiona fornecedores a procurar alternativas

Pressão sobre o grupo fundado por Patrick Drahi e Armando Pereira mantém-se
rui duarte silva

Patrick Drahi, o patrão da Altice, continua a testar a hipótese de venda de ativos na sequência da Operação Picoas, a investigação do Ministério Público e da Autoridade Tributária, onde Armando Pereira e Hernâni Vaz Antunes são apontados como cúmplices na criação de uma teia fraudulenta de fornecedores do grupo detentor da MEO. Mas há também, no âmbito do universo de empresas que giram em torno do grupo de telecomunicações fundado pelo empresário franco-israelita, empresas que estão já à procura de novos mercados e de novos acionistas.

O Expresso sabe que há entre os fornecedores da Altice, nomeadamente os ligados ao sector das tecnologias, quem esteja ativamente à procura de novos investidores, um caminho iniciado pouco depois da Altice Portugal ter anunciado (a 14 de julho) que iria suspender a contratação de novos serviços às empresas que estavam sob investigação, cortando inclusive o pagamento das faturas. Um aperto de tesouraria que fez soar os alarmes, e pôs em risco a sustentabilidade do negócio e do pagamento dos salários aos trabalhadores. Até porque parte dos fornecedores tinham a Altice como o maior cliente ou um dos maiores.