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Economia

TAP a caminho de ano recorde de receitas

Procura e preço dos bilhetes deverão levar receita até €4 mil milhões em 2023. EUA já representam 20% da faturação

Empenhada em crescer nos EUA, a TAP estará em Times Square até ao final de 2024
D.R.

Depois da tempestade, a bonança? É cedo para o garantir, e o presidente da TAP, Luís Rodrigues, sublinhou recentemente que apesar de a companhia estar a superar as metas fixadas no plano de reestruturação e a demonstrar sustentabilidade financeira, há ainda um longo caminho a percorrer. Não obstante, a TAP está, este ano, a bater recordes de transporte de passageiros e de receitas. A subida acentuada dos preços dos bilhetes — tendência generalizada na indústria — aliada à forte procura de voos têm sido o catalisador dos bons resultados da transportadora, que interrompeu em 2022 um longo ciclo de prejuízos, ao terminar o ano com um lucro de €65,4 milhões.

Tudo aponta para que a transportadora ultrapasse este ano a barreira dos €4 mil milhões de receitas — uma vitória, tendo em conta que tem menos 12 aviões do que em 2019, e perdeu 18 slots. É essa a previsão de fontes do sector, tendo como base os valores atingidos no primeiro semestre, marcado pela subida de 44,3% nas receitas, para €1906 milhões. A reviravolta traduz-se num lucro de €22,9 milhões em junho, contra um prejuízo de €202,1 milhões no perío­do homólogo. Vira-se a página do desastre da pandemia, e 2019 deixa de ser o ano de todos os recordes. A TAP transportou 7,6 milhões de passageiros até junho de 2023, ficando a escassos 4% dos passageiros transportados em 2019.