Depois do forte abrandamento no segundo trimestre deste ano — o Produto Interno Bruto (PIB) registou uma variação nula em cadeia e cresceu 2,3% em termos homólogos segundo a estimativa rápida do Instituto Nacional de Estatística (os dados definitivos são publicados depois do fecho desta edição) —, o cenário para a economia portuguesa ameaça não melhorar no terceiro trimestre. E pode até piorar.
O indicador diário de atividade económica, calculado pelo Banco de Portugal, tem feito soar alarmes. Este indicador compósito, que procura medir quase em tempo real a variação homóloga da atividade económica no país, entrou em terreno negativo (média semanal) na semana terminada a 16 de julho, mantendo-se no vermelho até à semana terminada a 6 de agosto, que coincidiu com a realização da Jornada Mundial da Juventude, em Lisboa. Seguiu-se uma semana no verde e uma variação nula na semana terminada a 20 de agosto.