As contas da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) estão debaixo de fogo e motivaram a ida, em abril, da ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, ao Parlamento, a pedido do PSD, para esclarecer por que razão os resultados de 2021 não foram ainda homologados. A ministra garantiu que os órgãos deliberativos da SCML “estão em plenas funções”, recusando as acusações de vários deputados da oposição de que a SCML estaria em “gestão corrente”. Sobre as contas, avançou que a instituição terá regressado a terreno positivo em 2022, com um lucro de €10,9 milhões, indicando que em 2020 e em 2021 os prejuízos somaram €52 milhões e €20,1 milhões, respetivamente.
“O efeito da pandemia fez-se sentir nas contas da SCML porque teve um impacto grande no aumento das despesas, fruto dos casos a que teve de acudir”, explicou Ana Mendes Godinho, sublinhando que, “além disso, as contas refletem também uma redução da receita dos jogos sociais”.