Economia

Economia portuguesa cresceu quatro vezes mais que a zona euro, mas abrandou significativamente no segundo trimestre

Portugal foi uma das economias europeias que mais cresceu no segundo trimestre deste ano, quando comparado com 2022, mas está abaixo da zona euro no crescimento em cadeia

Yves Herman/Reuters

Portugal foi uma das economias europeias que mais cresceu quando comparado com 2022 mas está abaixo da zona euro no crescimento trimestral, avançou esta quarta-feira, 16 de agosto, o Eurostat.

A economia da zona euro cresceu 0,3% no segundo trimestre face ao anterior, ao passo que, na União Europeia (UE), registou-se uma estagnação em cadeia no mesmo período. O registo dos 27 foi igual ao da economia portuguesa, que também estagnou na comparação entre trimestres, com uma variação de 0% face aos primeiros três meses do ano.

Já numa comparação homóloga, o PIB ajustado aumentou 0,6% no segundo trimestre na zona euro, e 0,5% na UE, um abrandamento face ao crescimento homólogo no trimestre anterior, em que as economias das duas regiões tinham registado um crescimento de 1,1%. Portugal cresceu muito mais em comparação com o ano passado: para o segundo trimestre, o Eurostat estima um crescimento de 2,3%.

Porém, tanto em cadeia como face ao período homólogo, as variações do PIB português significam um abrandamento face à subida em cadeia de 1,6%, e ao crescimento homólogo de 2,5%, no primeiro trimestre de 2023.

A economia irlandesa foi a que mais cresceu numa comparação homóloga, com o PIB a aumentar 2,8% no segundo trimestre; seguida da romena (2,7%) e da cipriota e portuguesa (ambas com 2,3%).

As maiores quedas homólogas deram-se na Estónia (-3%), na Suécia (-2,4%), e na Hungria (-2,3%).

A autoridade estatística comunitária avançou ainda com números relativos ao mercado de trabalho também para o segundo trimestre, estimando um aumento em cadeia de 0,2% do número de pessoas empregadas tanto nos países da moeda única como na UE. No trimestre anterior, o número de pessoas com emprego tinha crescido 0,5% em cadeia.

Em relação ao segundo trimestre do ano passado, o crescimento do emprego foi de 1,5% na zona euro e de 1,3% na UE, também abrandando face à variação homóloga de 1,6%, em ambas as regiões, do primeiro trimestre do ano.