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Economia

Burocracia atrasa avaliação do novo aeroporto de Lisboa

Prazo para entrega da avaliação do novo aeroporto deverá derrapar. Presidente da Comissão Técnica Independente diz que não se deixa intimidar. Contrato de concessão comporta riscos e cria incerteza na opção Santarém

António Pedro Ferreira

O prazo para a entrega das conclusões da Avaliação Ambiental Estratégica (AAE) para a localização do novo aeroporto, previsto para o final do ano, deverá derrapar e passar para o início de 2024. Rosário Partidário, coordenadora-geral da Comissão Técnica Independente (CTI), admitiu esta semana que há um atraso de cerca de seis meses na contratação dos estudos que irão apoiar a avaliação, estando neste momento assinados, ou em fase de assinatura, nove dos cerca de 25 estudos necessários para apoiar as seis áreas em análise.

A CTI antevê para já a possibilidade de um atraso curto, de cerca de um mês. E Rosário Partidário ainda assim tem a expectativa de que até ao final de julho a maioria dos estudos esteja adjudicada. “São atrasos decorrentes das dificuldades burocráticas que temos tido e não do nosso trabalho, que tem decorrido de forma acelerada, e se assim não fosse teríamos tido mais meses de atraso”, justificou, elogiando a sua equipa de coordenadores, composta por Fernando Alexandre, Rosário Macário, Teresa Fidelis, Nuno Marques da Costa e Raquel Carvalho. São burocracias ligadas sobretudo a questões relacionadas com as regras da contratação pública de que a CTI não foi liberta, apesar da urgência e da complexidade do trabalho que lhe foi pedido.